Eu digo NÃO!

Em defesa da língua portuguesa, o autor deste blogue não adopta o "acordo ortográfico" de 1990 por este ser inconsistente, incongruente e inconstitucional, para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral.


26/11/2008

Mapa Administrativo Oficial.


Este é o mapa Oficial da freguesia de Galegos Santa Maria, conforme consta no IGEO (Instituto Geográfico Português), entidade responsável, a partir de 1999, pela elaboração da Carta Administrativa Oficial (Despacho conjunto nº 542/99, de 31 de Maio)
A este Instituto foi concedida responsabilidade de elaborar a carta administrativa oficial que registe o estado de delimitação e demarcação das circunscrições administrativas do país, pelo que é sobre este trabalho que as autarquias calculam os valores financeiros a atribuir às freguesias, o chamado Fundo de Financiamento das Freguesias, uma vez que a área é um dos critérios de distribuição, para além do número de eleitores e uma outra parte igual para todas.
Da análise do mapa, há questões que naturalmente não são consensuais entre as freguesias, é o caso da fronteira com Manhente e Roriz.
No caso de Roriz, o mapa aponta o limite para o marco que se encontra perto do antigo posto médico de Lijó, situado bem junto do aqueduto de águas, quando o marco se encontra lá mais em cima, no topo do Monte Lombão, no cotovelo do antigo caminho que ligava Galegos a Lijó e que muita gente utilizava para se deslocar ao posto médico.
Quanto a Manhente, uma vez que consideram, erradamente, o marco de Penelas, situado na casa do falecido Sr. Joaquim Araújo, como ponto de divisão entre as duas freguesias (três, no caso porque também o é para Galegos São Martinho!), fazendo daí partir uma linha recta até à casa do Sr. Manuel Araújo, junto do "Pauta", o que na prática apanha quase toda a área do loteamento da tulipa ou da lagoa, o limite administrativo oficial acaba por dar uma outra verdade que os de Manhente nem sequer querem ouvir nem debater.
Eu também não sou desta opinião, sou mais comedido no traçado da linha divisória, que para mim será mais desde a casa conhecida como do Armindo "alfaiate", sempre considerada como de Manhente, em linha recta até ao portão norte da casa do Bogas e daí até às instalações fabris da Esteves Barbosa & Gonçalves (estamparia).
Será que alguma vez as Juntas se irão entender sobre este assunto? Não haverá maneiras de ambas as partes cederem e ficarem pelo meio termo, até porque me parece que não existem muitos dados históricos que ajudem a perceber esta embrulhada?
O que tem acontecido até agora é o prevalecer de um critério, mais ou menos arbitral, da vontade daqueles que moram na fronteira e que se registam conforme a sua naturalização ou cunho bairrista. Aliás, penso que seja essa a verdadeira e única razão para o conflito existente, não tenho a menor dúvida a esse respeito, porque se assim não fosse os marcos ainda estariam nos seus sítios ancestrais...

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