Na sequência da mensagem anterior, revelo hoje os limites entre Santa Maria de Galegos e S. Miguel de Roriz registadas em 18/09/1509 - Secção Registo Geral – livro número trezentos e noventa e um, folhas duzentos e dez e folha duzentos e vinte e quatro do Tombo de São Miguel de Roriz:
“Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil quinhentos e nove, aos dezoito dias do mês de Setembro na aldeia de Outeiro, freguesia de São Miguel de Roriz ao souto estando aí o Reverendo Padre João dos Santos Reitor do Mosteiro de Vilar de Frades bem assim estando aí Afonso Anes, Abade de Santa Maria de Galegos para assim sendo apegar e limitar os limites entre a Igreja de Roriz e Santa Maria de Galegos para cumprirem os mandados e constituições do Reverendíssimo Senhor Arcebispo, requereram a mim notário que se escrevesse tudo o que os limitadores e apegadores dissessem e tomaram para inquiridor para inquirir as coisas necessárias à dita apegação Afonso Gonçalves, Abade de São Martinho de Alvito, e lhe requererão que desse juramento dos Santos Evangelhos algumas testemunhas e inquirisse das partes por onde partia e demarcava as ditas freguesias e que cada um dissesse a verdade e logo o dito padre e o Abade de Santa Maria de Galegos disseram que as ditas freguesias começavam a partir na Pena Abelheira, e daí pelo cômaro (pequena elevação de terreno) de paredes (Agra de Paredes) e daí ao souto de três paredes e do dito souto à casa do mato direitos e da dita casa do mato vai a dita limitação direito ao cume do monte Lombão e daí corre direito Abrego (lado sudoeste nas antigas marcações) pelo cume de Lombão e daí aos Barreiros e dos ditos Barreiros a juncos maus.”
“E disseram os sobreditos padre e abade que da dita Pena Abelheira partem as ditas freguesias pelo cume do monte à ermida de S. João e que as ofertas da dita ermida eram de Roriz e mais disseram os sobreditos que era verdade que Santa Maria de Galegos passava as ditas demarcações e entrava na freguesia de Roriz e tomava o meio dos dízimos e premissas dos casais que Manhente tem na aldeia de Arrabaldo e na aldeia de Quiraz e dava água de Santa Maria de Galegos meio dos Sacramentos aos caseiros destes casais e a toda sua família. E porque os sobreditos sabiam que tudo isto era verdade e nesta posse estava cada uma das ditas Igrejas requererão a mim notário que escrevesse tudo e eles e o sobredito Afonso Gonçalves tomado pelo inquiridor assinaram isto para memória da verdade…”
Desta descrição sobressai um topónimo que se revela de importância vital para a compreensão do local exacto do início da narrativa: Pena Abelheira!
Onde fica esse local?
Já no Tombo de Roriz, um original de 1763, que entretanto desapareceu da residência paroquial após a morte do Padre Fonseca, e a que a monografia de Lijó faz referência nas páginas iniciais, começa a descrição dos limites de Roriz com Galegos precisamente no mesmo local, no marco do monte chamado Pena Abelheira, dali ao marco ao sul do Lugar de Arrabalde, onde chamam de..., o problema é esse, a fotocópia que me deram já não tem grande qualidade para se ler em condições, podemos tirar algumas coisas aqui ou ali, mas, principalmente nas margens, é muito difícil entender ou perceber o que lá está, aliás como poderão comprovar no documento acima.
Será que alguém pode ajudar a decifrar o documento?
Haverá alguém que possa ajudar a encontrar o original ou saiba mais pormenores sobre o assunto?
Digam alguma coisa, fico à espera...
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