Eu digo NÃO!

Em defesa da língua portuguesa, o autor deste blogue não adopta o "acordo ortográfico" de 1990 por este ser inconsistente, incongruente e inconstitucional, para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral.


08/07/2014

Histórias do barro IV



António Faria da Rocha, ou António “Côto”, nasceu em Galegos (Santa Maria), no lugar de Santo Amaro, no dia 15 de Maio de 1913.
Do seu pai, Domingos “Côto”, herdou o talento de criar através do barro, dando forma à sua imaginação.
Começou a arte em tenra idade. Simultaneamente, com os irmãos, ajudava os seus pais na modelação de louça à roda e de pequenas peças de figurado.
Casou com Maria “Sineta”, ilustre artista do figurado barcelense. 
Começou por trabalhar como rodista. Infusas, cântaros e canecas são apenas alguns exemplos característicos da olaria rústica, o tipo de artesanato que melhor fazia. 
Também ajudou a sua esposa na produção de figurado. António “subia” à roda os “cascos” dos galos que Maria “Sineta”, depois, embelezava e aprontava à sua maneira. 
Talvez, influenciado pelos trabalhos da mulher, mais tarde, deu forma a uma série de criações próprias, ao nível do figurado, dando corpo à sua imaginação. Inspirado por cenários da vida diária, nelas empregava um carácter forte, indicativo da sua rigorosa personalidade. 
Faleceu, a 24 de Setembro de 2000, em pleno despontar do Outono. 
O seu nome e legado são, ainda hoje, actuais no contexto do artesanato local.
(In C. M. Barcelos)

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