Nasceu na freguesia de Galegos Santa Maria em 13 de Dezembro de 1957, no seio de uma família de barristas e oleiros, em pleno coração do centro de produção cerâmica de Portugal.
Desde tenra idade que manuseia o barro e faz pequenas peças e figuras, dando continuidade ao legado "barrista" da família. Aos 10 anos ajudava já o pai no enchimento de moldes cerâmicos.
Apesar de ter feito sempre dos trabalhos em barro a sua principal paixão, somente aos 25 anos começa a modelar e a comercializar peças de sua criação. Durante a década de 90 dedicou-se à produção em série, para exportação de peças decorativas. Em 2001 inicia a sua carreira como caricaturista em peças de barro, arte esta que tem potenciado a sua cada vez maior notoriedade.
É dele a célebre criação da peça “três Pés” que tanta celeuma provocou em Braga, nomeadamente junto da Igreja Diocesana, ao caricaturar “Padres, Putas e Paneleiros”, em resposta ao repto lançado pela RTAM (Região de Turismo do Alto Minho) para criar uma peça que identificasse Braga.
Mantém a veia crítica no seu trabalho. Já caricaturou Bento XVI, pelo seu "fundamentalismo" ou o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. A sua costela humorística – à semelhança de Bordalo Pinheiro – também invadiu o mundo do futebol: "vestiu" Pinto da Costa de anjinho (!)...
A expressividade que atribui às figuras, transmitindo uma sensação de movimento, é outra característica que lhe dá nome no mundo das artes.
Das cerca de 20 figuras profanas e religiosas que fazem parte do presépio, destaca os mendigos pai e filho que recriou para criticar "a hipocrisia e a ausência de solidariedade" representada pelos Reis Magos que "não lhes dão esmola". O Pai Natal surge como pedinte num ambiente onde também a homossexualidade foi retratada, segundo diz, "para contestar a filosofia da Igreja". Acrescente-se um anjo e as restantes figuras do presépio tradicional, como o Menino Jesus, Maria e José.
Num tributo à arquitectura minhota, o caricaturista substituiu o tradicional estábulo por uma casa. Um trabalho ousado de um artesão que afirma que "ser artista é uma maldição". E gosta de o ser? "Gosto e não gosto", conclui.
Hoje é um dos mais notáveis criadores da arte do barro do concelho de Barcelos, atributo conseguido essencialmente devido à inovação e criatividade que imprime nos seus trabalhos.
Para quem estiver interessado em conhecer melhor este artista filho de Galegos Santa Maria e a sua obra artística, aqui deixo o seu endereço electrónico:
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