Eu digo NÃO!

Em defesa da língua portuguesa, o autor deste blogue não adopta o "acordo ortográfico" de 1990 por este ser inconsistente, incongruente e inconstitucional, para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral.


10/04/2009

Revolta popular.

Em 1846, reinava em Portugal a rainha D. Maria II, estalou uma revolta popular em que desempenhou um papel irrequieto e activo uma desembaraçada mulher da Póvoa de Lanhoso, a Maria da Fonte, tendo como causa imediata as novas medidas tomadas por Costa Cabral, chefe do governo da altura.
De entre essas medidas, duas estiveram no centro da contestação: a obrigação do pagamento da décima e a proibição de enterrar nas igrejas, de tal modo que o povo, em particular no Minho, se levantou e contestou as medidas governativas.
Teotónio da Fonseca, na sua obra "Barcelos Aquém e Além Cávado", na parte em que se refere a Galegos Santa Maria, diz:
"Foi esta freguesia uma das que maior contingente de homens deu para o movimento popular em Barcelos de 1846.
Eclodiu este movimento na vila de Prado e na sua marcha sobre Barcelos foi arrebanhando, voluntariamente ou à força, lavradores e operários pelas freguesias por onde passava.
Chegando a Barcelos, esses guerrilheiros fizeram as suas tropelias perseguindo algumas autoridades e queimando a papelada da Fazenda e Recebedoria do concelho em um grande auto de fé.
Invadindo os estabelecimentos comerciais, levaram os novos pesos e medidas e atiraram-nos ao rio.
Foi como se vê esta revolução em Barcelos uma grande tempestade num copo de água."

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