Eu digo NÃO!

Em defesa da língua portuguesa, o autor deste blogue não adopta o "acordo ortográfico" de 1990 por este ser inconsistente, incongruente e inconstitucional, para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral.


04/07/2014

Histórias do barro II


Manuel Valada nasceu, a 3 de Maio de 1880, em Galegos (Santa Maria), e era proveniente de uma família de origem barrista. Foi pai da conceituada artesã Ana “Baraça”.
Valada foi rodista e dedicou-se, principalmente, à feitura de cerâmica rústica (cerâmica de tom alaranjado torrado, quase avermelhada) destinada aos usos domésticos. Fazia peças como alguidares, infusas, canecas, cântaros e potes.
Também fez algum figurado, tipo de artesanato que lhe permitia expandir a sua imaginação.
Manuel Valada, como muitos homens daquele tempo, emigrou muito novo para o Brasil. Permaneceu neste país cerca de vinte anos, onde continuou a arte que, sublimemente, lhe saía das mãos. Quando regressou a Portugal, ampliou a oficina e continuou a trabalhar durante muitos anos acompanhado da esposa Luísa Lopes, também barrista, e dos filhos.
Apesar da forte tradição barrista existente na freguesia de Galegos (Santa Maria), ainda hoje bem visível, este homem do povo foi um dos mais distintos da sua geração. 
Faleceu aos 79 anos, na terra que o viu nascer, no dia 27 de Março de 1960. Após o seu falecimento, ficou a certeza de que da sua obra, quer através da sua vida, quer através da sua história, emanou um legado artístico e admirável que se perpetua no trabalho de muitos artesãos da actualidade. 
(In C. M. Barcelos)

Sem comentários: