Eu digo NÃO!

Em defesa da língua portuguesa, o autor deste blogue não adopta o "acordo ortográfico" de 1990 por este ser inconsistente, incongruente e inconstitucional, para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral.


30/01/2009

Festa da Srª da Purificação.

Iniciam-se hoje as festividades em honra da Senhora da Purificação, ou mais vulgarmente referenciadas como da Padroeira, embora desde o dia 26 de Janeiro já decorram as novenas.
No essencial, a festa começa hoje com a procissão de velas, que sai de Trás-da-Fonte, passando por Penelas, Souto de Oleiros, Casa Nova, S. João e Igreja, sendo celebrada missa no final. No sábado, depois da bênção das crianças, a comissão de festas oferece lanche e diversão por parelha de palhaços. À noite, actuação do agrupamento Arco-Íris e no final é queimada uma sessão de fogo-de-artifício.
No domingo, para além da missa cantada, teremos o terço e sermão, saindo, se o tempo o permitir, uma procissão com vários andores, "anjinhos" e a fanfarra dos escuteiros da freguesia a marcar o ritmo. No final das cerimónias, actuação do Grupo Folclórico Juvenis de Galegos Santa Maria e um Grupo Cultural e Etnográfico de Aldreu, encerrado as festas neste dia com outra sessão de fogos-de-artifício.
Para segunda-feira, 2 de Fevereiro, dia da Senhora da Purificação, está marcada uma Missa cantada com sermão e encerramento das festividades com outra sessão de fogo-de-artifício.
Agora é só esperar que "S. Pedro" colabore e não chova durante o fim-de-semana, mas parece que isso não vai acontecer, pelo menos a fazer fé no pessoal de meteorologia...

29/01/2009

Limite Lombão / Outeiro

O que hoje apresento é o limite entre Galegos Santa Maria e S. Miguel de Roriz, mais concretamente entre a capela de Santo António (Outeiro) e o marco no monte Lombão.
Daqui, tirando a tal linha recta, facilmente se constata que o moinho do "Mariana", e parte da vinha que lhe está adjacente, são de Galegos Santa Maria.
Mas o mais caricato da situação, é a placa a assinalar a rua acima indicada com "!".
Conforme se pode ver o limite é bem acima, contudo a Junta de Freguesia de Roriz colocou-a largos metros dentro da área pertencente a Galegos Santa Maria, e esta não faz nada!
É por isso que as freguesias vizinhas abusam e cada vez "roubam" mais território a Galegos Santa Maria, terra de gente "simpática, despreocupada e pouco zelosa" daquilo que os seus antepassados deixaram.
Para que todos, pelos menos aqueles que habitualmente por aqui passam, fiquem a conhecer os limites de Galegos Santa Maria e os possam defender, aqui deixo mais esta mensagem. Não se esqueçam de o comunicar às entidades autárquicas da freguesia.

27/01/2009

Passal.

Penso que todos devem saber isto, o passal é da paróquia, não tem nada que enganar. Aliás, o padre Araújo nem se deveria ter dado ao trabalho de publicar o artigo acima no boletim paroquial a explicar que "o terreno é pertença dos cristãos que o são de verdade e sabem defender os bens da igreja".
Estes, e outros, terrenos foram doados à igreja para que pudessem sustentar o pároco na sua missão de apoio espiritual junto das diversas paroquias que se formaram nos tempos dos suevos e visigodos, e amplamente beneficiados após a reconquista da península aos árabes e a formação de Portugal, perpetuando este poderia até ao início do século XX, mais precisamente à instauração da república em 1910.
Nessa altura, o governo revolucionário confiscou a maior parte, senão a totalidade, dos bens do clero e ordens religiosas, os maiores e poderosos proprietários de imóveis e terrenos em Portugal.
É nesta fase que se assiste a uma "passagem" dos bens da igreja para cristãos "sérios", camuflando a posse desses bens, poupando-os à "nacionalização" pelo Estado e assim permitir a manutenção desses bens debaixo de olho.
Com o passar dos tempos, o ímpeto revolucionário acalmou, o Estado assina uma concordata com a Santa Sé, e aí quase tudo, daquilo que foi "entregue" aos cristãos "sérios", volta às mãos da igreja, daí algumas pessoas "pensarem" que "o passal não é da igreja, é de fulano,... de sicrano... e beltrano"!
Contudo, isso não deve ser razão para que, teimosa e arrogantemente, o passal não seja visto como propriedade da paróquia, de todos os cristãos, dos baptizados e daqueles que vivem na freguesia, lá porque foi registado em nome da diocese ou do Arcebispo de Braga. Não, nós temos todo o direito de poder usufruir dele e dele fazer o que bem entendemos, e se a vontade da população é aí construir o edifício de apoio da Associação Galo Novo, só temos que exigir junto da diocese essa disponibilidade para tal.
Não estou de acordo com o que o Pe. Araújo diz: "os verdadeiros cristãos não fazem afirmações que comprometem a comunidade que defende o que lhe pertence. Cabe ao bispo decidir, após proposta séria do pároco." Mas Pe Araújo, será que o senhor é o dono da razão, será sempre sua a última palavra, com que autoridade, a de pároco da freguesia? mas o senhor não está ao serviço da paróquia, não veio para Galegos Santa Maria para servir e apoiar as gentes desta terra, não é essa a sua missão?
"O passal não está a saque de arruaceiros e irresponsáveis, mesmo que digam serem católicos"! Fico pasmado com esta sua afirmação!
O povo só quer que lhe seja disponibilizado terreno para construir um edifício de apoio aos idosos e crianças desta terra, num local que é seu, que lhe pertence, que está abandonado, que já não o sustenta e é fundamental para limpar a profunda desilusão provocada pela decisão de não permitir a utilização do Centro Paroquial para apoio social à população depois de anos e anos de esforço e luta, acabando por ser ludribiada e defraudada nas suas expectativas.
É necessário mudar as mentalidades, mas o que transparece com o passar do tempo, é uma cada vez maior e profunda fanatização, arrogância e teimosia na defesa de ideias ultrapassadas, conservadoras e lesivas para as gentes de Galegos Santa Maria, um quero, posso e mando de um ditador que se serve do altar, e da posição, para fazer a cabeça aos seguidores fervorosos, convictos e manobráveis, fazendo destas "mansas e humildes" ovelhas a base de suporte para o seu poder.
Enquanto persistir nesta paz podre, o ambiente em Galegos Santa Maria será igual a um cemitério, nada nem ninguém se oporá à sua vontade, mas cuidado, o saco acabará por encher...

26/01/2009

Galo Novo

Na sede da Associação Galo Novo podemos ver este cartaz a apelar à generosidade da população para levar avante o sonho de construírem um espaço onde possam implantar valências sociais de apoio aos idosos, aos desfavorecidos e às crianças, como acontece, aliás, já em muitas freguesias vizinhas.
O projecto, segundo o cartaz, estará avaliado nos 500.000,00 €, ficando por esclarecer se o dinheiro também servirá para adquirir o terreno ou servirá somente para a construção do edifício de apoio.
É pena que a paróquia, com o Padre José Araújo à frente, não abra mãos do passal para aí construir esta obra social. Antes pelo contrário, promove a ira, a discórdia, a incompreensão e revolta dos paroquianos mais abertos a esta possibilidade,até porque a freguesia ficou decepcionada com o enorme e inglório esforço que fez para construir o Centro Paroquial, prometido como local para aí instalar, também, um local de apoio à terceira idade, mas o que aconteceu na realidade foi um enorme balde de água fria nas expectativas criadas para esse "mamarracho".
É certo que 250,00 € não representam muito dinheiro, bom, não será bem assim! Com os problemas actuais de desemprego e falta de alternativas económicas que por aí grassam, não será muito fácil convencer as pessoas para esse esforço adicional. De qualquer maneira é uma tentativa de abanar as consciências, tocar no coração dos homens de boas vontade e esperar que aconteça algum milagre.
Galegos Santa Maria precisa de uma obra social deste envergadura, ninguém pode ficar indiferente ao apelo, temos de assumir de uma vez por todas se queremos ou não levar avante este projecto, realizar este sonho ou, pura e simplesmente, continuar no impávido marasmo social, religioso e político em que estamos mergulhados. Se não reagirmos depressa, acabaremos por perder uma grande oportunidade para os actuais e para os futuros cidadãos desta terra de que nos orgulhamos pertencer, ou será que não?

25/01/2009

Taça A. F. de Braga.

Realizaram-se este fim-de-semana os oitavos-de-final da Taça da Associação de Futebol de Braga, tendo o Santa Maria F.C. derrotado, na sua deslocação a São Torcato, Guimarães, a equipa local por expressivos 4-1.
Mercê deste resultado, o SMFC apurou-se para os quartos-de-final, tendo como companhia o Martim (que eliminou o Famalicão em casa por 1-0), Águias da Graça, Forjães, Pica, Terras de Bouro, Soarense e Silvares.

Obituário.

Faleceu o sr. Miguel Gonçalves Macedo, viúvo, de 75 anos de idade, conhecido por "Miguel da Costureira", do Lugar de Bacelo, embora desde a morte da mulher estivesses a viver com uma filha no Lugar da Igreja.
O funeral realiza-se amanhã, segunda-feira, pelas 10:30 horas, estando o seu corpo em câmara ardente na capela mortuária.
Aos seus filhos e familiares directos apresento os meus pêsames e condolências.

24/01/2009

Reisadas.

Depois de terem sido adiadas do passado dia 10 de Janeiro por motivos alheios à organização, o Grupo de Jovens de Galegos Santa Maria leva a efeito a iniciativa do cantar dos Reis, numa clara tentativa de não deixar acabar com esta tradição tão enraizada nos costumes do povo.
Para esse fim, estão convidados todos os grupos organizados da paróquia, que assim podem mostrar ao público os seus dotes artísticos e, eventualmente, cativar possíveis interessados para ingressarem no seu meio.
Pena é que a população já não adira em massa a estes eventos culturais, deixando-se ficar por casa a ver telenovelas, futebol ou outras coisas.
Enfim, sinais dos tempos.

Recolha de Sangue.

Decorreu hoje mais uma importante acção promovida pelo Agrupamento 618 do CNE, em colaboração com a Associação de Dadores Benévoles de Sangue de Barcelos, de recolha de sangue, e como de costume, foram muitos aqueles que se deslocaram ao Centro Paroquial para doares um pouco de si em prol dos outros.
Desta vez, e pela primeira vez, foi o Instituto Português do Sangue quem efectuou esse trabalho já que, por razões que não interessam para aqui, a Associação de Dadores Benévoles de Sangue de Barcelos cortou relações com o Hospital de S. João, entidade que desde o início fazia as recolhas anuais em Galegos Santa Maria.
Sendo a primeira vez e dado que não tinham, ou não quiseram saber mais informações sobre a quantidade de dádivas que habitualmente se fazem na freguesia, as coisas não correram muito bem, nomeadamente no que diz respeito ao tempo que levou a passar por todo o processo. Estou em crer que na próxima recolha a coisas funcionarão melhor e não haverá tantas reclamações no que diz respeito ao tempo.
Já agora, a próxima recolha está marcada para o dia 20 de Junho do corrente ano.

21/01/2009

Termas do Eirôgo

Para melhor conhecer as Termas do Eirôgo, transcrevo o seu historial:
Acciaiuoli (1944, IV: 95) na sua “História das Águas Minerais”, no capítulo dedicado a “Castanheirinhos, junto ao lugar de Mosqueiros e Quinta de Eirôgo”, refere a tradição de ter sido o cirurgião Manuel Lopes de Albuquerque o primeiro a dar um uso terapêutico a estas águas, numa data localizada entre 1820 e 1823. Depois desta data construiu-se o balneário de Mosqueiros logo seguido do de Galegos: “Eram os dois Estabelecimentos de domínio municipal; o de Galegos de tabuado de pinho, compunha-se de cinco banheiras-canoas, da mesma madeira; no dos Mosqueiros havia o dobro de canoas, também de pinho, dentro de edifício de alvenaria, com um corredor ao meio.”
Estas águas foram sumariamente analisadas por Pereira Caldas em 1854. Novamente analisadas por Lourenço (1867), dentro do quadro da primeira comissão nomeada pelo governo para os estudos preliminares de Águas Minerais do Reino, onde o engenheiro Schiappa de Azevedo esteve encarregue da descrição das três nascentes: Mosqueiros; Castanheirinhos, “também conhecida por Galegos”; “a terceira a 60 m SE da casa da Quinta do Eirôgo”; quanto a balneários, havia o de Mosqueiros e o de Castanheirinhos, mas em ambos a exploração era particular.
O catálogo da Exposição Universal de Paris de 1867, “Renseignements sur les Eaux Minérales Portugaises”, publicou a análise de Agostinho Lourenço e um resumo da memória de Schiappa de Azevedo.
Ortigão (1875: 61) pouco acrescenta. Sob o título “Águas das fontes de Lijó e de Galegos”, data a sua descoberta de 1855: “Parece que foi o médico Alheira, bem conhecido na cidade do Porto, onde exercia clínica e era professor na escola médico-cirúrgica, quem primeiro indicou o uso destas águas, há cerca de vinte anos.”
Lopes (1892) diz que estas águas são utilizadas “há cerca de sessenta anos”; na sua descrição separou a de Mosqueiro e a de Castanheiros, e sobre esta última escreveu: “brota do fundo de um poço quadrangular de: 2,56x2,65 m, tendo por base a rocha viva irregular e granítica […] Quase encostado ao poço, existe um forno, toscamente construído, contendo uma caldeira de ferro na qual, a fogo directo, são aquecidas as águas sulfúreas, que vão alimentar o modestíssimo balneário contíguo. Este é feito de madeira com uma só tina de pau […] pensa-se conduzi-las por canalização de grés, conjuntamente com as do Mosqueiro, até Barcelos, onde será edificado um grande estabelecimento hidrotermal”.
Lembre-se que Barcelos fica a cerca de 4 km.
Sobre as de Mosqueiro o mesmo autor escreveu: “São quatro as nascentes principais […] Surgem à superfície do solo entre granito de grão fino […] Não há o menor vislumbre de captação regular, os estabelecimentos hidroterápicos particulares, que ali se encontram, são rudimentares. Constam apenas de pequenas casas, com canoas ou tinas em madeira, para onde se deita a água depois de com péssimas condições ser aquecida em caldeira de cobre.”Em Julho 1894 foi dado o primeiro alvará de exploração, alguns meses depois da regulamentação da Lei de 1892 que obrigava ao pedido de concessão de exploração, passado a favor de Crysogono Alberto de Sousa Correia.
O relatório de reconhecimento a que esta lei obrigava esteve a cargo do engenheiro Correia Melo, que, depois de descrever as emergências e os primitivos balneários de Mosqueiros e Castanheirinhos, refere um terceiro balneário: “Na quinta do Eirôgo, junto à casa da quinta, foi construído um outro edifício, que apesar de modesto, quando terminado […] poderá satisfazer as condições exigidas pelo tratamento hidroterápico.” (cit. Acciaiuoli 1944, IV: 98) Sarzedas (1907: 98) faz a mesma divisão de explorações termais, e dá como data do início da sua exploração os meados do século XIX, assinalando a publicação de um folheto sobre estas águas com a data de 1854. Quanto aos balneários, o autor considera que teriam sido construídos “treze ou catorze anos” depois dessa data. Estes balneários merecem-lhe uma descrição elogiosa: os de Eirôgo “têm sido modificados e estão muito bem cuidados. As águas, que são usadas em bebida, em duches de agulheta, de chuva, vaginais e nasais, pulverizações e banhos de imersão, utilizam-se principalmente nesta última aplicação […] Para os banhos de 1ª classe dispõe de 4 banheiras de mármore de lioz, para os de 2ª de oito de azulejo, e para os de 3ª de sete de cimento.”
Quanto ao aproveitamento do estabelecimento de Mosqueiro, Sarzedas comenta que “as instalações balneares são das mais primitivas que encontrei. Numa casa abarracada e muito pouco limpa, com divisões de madeira, estão três ou quatro compartimentos, com outras tantas banheiras escavadas no próprio pavimento, e ao lado uma caldeira de metal, semelhando as que faziam parte dos antiquados alambiques de destilação, destinados a aquecer a água de que se faz uso nos banhos”.
Matos (1912), escreve sobre esta exploração: “Estas águas foram, por assim dizer, cientificamente descobertas pelo Dr. Pereira Caldas, já falecido. Que numa publicação que fez em 1854, para elas chamou a atenção dos clínicos. Há duas fontes na estância, uma em Eirôgo e outra em Castanheiros, que apesar de terem a mesma mineralização são de diferente termalidade e caudal. Quanto ao modo de aplicação, são estas águas usadas em bebida, em duche de agulheta, de chuva, vaginais e nasais, pulverizações e muito especialmente em banhos de imersão.”
Acciaiuoli (1944, IV: 100) relata que uma inspecção feita em 1923 considerou a água muito mal captada, que a sala de inalações se encontrava encerrada, estando as termas em estado de decadência. Quanto ao Banho do Mosqueiro, encontrava-se nessa data em ruínas.Em 1924 é passado o alvará de transmissão da concessão a favor de Francisco de Sousa Correia e outros, herdeiros do primeiro proprietário, e em 1939 novo alvará a favor do Dr. Aurélio Augusto de Queiroz, avô dos actuais proprietários.
Nas notas bibliográficas cedidas pelo actual proprietário, a data de 1923 é dada como a da aquisição das termas do Eirôgo pelo Dr. Queiroz, encontrando-se estas “em estado avançado de degradação, começando desde logo, a sua difícil recuperação.”
O Director Clínico que era, ao mesmo tempo, o concessionário, faleceu em 1942.
A direcção clínica das termas passou para o seu filho Dr. Mário Augusto Viana de Queiroz.
Em 1953 Acciaiuoli publicou o 2º volume de “Le Portugal Hydrominéral”, e sobre estas instalações comentou: “estas termas hidrominerais não têm acompanhado o desenvolvimento registado por outras, e hoje em dia é um estabelecimento obsoleto; o projecto para modernizar as instalações de acordo com as indicações terapeuticas está em curso”. (página 286).
Na descrição das instalações de Almeida (visita de 1970-71), o balneário encontrava-se bem equipado. Além da balneoterapia e dos tratamentos ORL, contava com uma sala de mecanoterapia, onde não faltavam diversos aparelhos de tratamento muscular, assim como as massagens e mesmo “um vibrador eléctrico para massagens”. Esta sala de mecanoterapia veio a ser o embrião da Fisoterapia: “Iniciámos na década de 80, quando ainda não havia tradição em Portugal de fisioterapia. Foi um fisiatra que veio da Alemanha, ele é daqui da zona Norte, foi ele que quando voltou para cá, trouxe o bichinho da fisioterapia no termalismo, que iniciámos aqui com óptimos resultados”. Em 1976 morreu o director clínico Mário Augusto Viana de Queiroz, sendo nomeado o seu filho Dr. Mário Fernando Viana de Queiroz, médico reumatologista, o terceiro de uma família de clínicos hidrologistas à frente destas termas. Em Dezembro 1990, teve o seu perímetro de protecção aprovado: zona imediata, 50 m de raio, a partir do centro definido pelo poço da quinta, e, a mesma área com centro nos dois furos do Castanheirinhos; zona intermédia de 65,917 hectares; zona alargada, 1283,05 hectares. “Posso acrescentar, como curiosidade, que foram as primeiras termas que tiveram um perímetro de protecção, em Dezembro de 1990, porque depois da lei de 16 de Março de 1990, tornava-se obrigatório e foram as primeiras termas do país a terem essa protecção, a imediata, a intermédia e a alargada”, informou o Dr. Viana Queiroz.
Nesse mesmo ano (1990) iniciou-se uma agressão a este aquífero. Nas imediações da captação de Castanheirinhos, foi construída uma fábrica de fiação, que numa primeira versão incluía também uma tinturaria: “A área de agressão corresponde a um campo de futebol. De início não tínhamos ninguém do nosso lado, depois conseguimos puxar algumas entidades à razão. A CCR, a Direcção Geral de Saúde e o Instituto Mineiro estiveram do nosso lado. Mas mesmo assim eles conseguiram o licenciamento do Ministério da Economia, com algumas condicionantes que no fundo até não cumpriram. Receberam o subsídio, fizeram a fábrica, empregaram, salvo erro, três turnos de 20 indivíduos, trabalhava 24 horas sobre 24, laborou 10 anos com alta tecnologia de fiação, a tinturaria nós conseguimos travar e eles não a fizeram", lembrou o director clínico.
Continuou, dizendo "que todo o processo foi para tribunal, em 1994 o juiz deu razão à fábrica, concluiu que nós não tínhamos legitimidade para por esse processo. Foi muito complicado tudo isto. A fábrica fechou em Dezembro passado (2004)”.
Não deixa de ser irónico fazer-se uma agressão a um riqueza natural, para ao fim de 10 anos provocar um problema social de desemprego, num local em que essa mesma riqueza hidromineral poderia ser geradora de trabalho, através de um programa bem estruturado de termalismo, como foi a proposta apresentada no âmbito do projecto europeu Thermaios, onde as termas do Eirôgo seriam “uma pequena quinta minhota, com um espaço rural, «quinta biológica», um Hotel, um Balneário e um Parque Biológico. Todas estas valências fariam deste espaço Termal, um espaço único, com funcionamento durante todo o ano”.
O futuro destas termas passa pelo entusiasmo e vontade nos seus proprietários em transformar o Eirôgo numa Quinta Termal, mas isso só será possível com apoios e interesses exteriores, sobretudo locais e regionais: “Uma água termal é recurso natural, pertence ao país, não é nosso, nós só somos os concessionários. É também um recurso turístico, por isso deve ser apoiada pela autarquia. Nós temos aberto todos os anos, porque fechar seria a morte, mas torna-se difícil. Temos várias ofertas de venda, mas até agora temos resistido”, rematou o proprietário.
Indicações:
Reumatismos, catarros das mucosas, dispepsias e dermatoses. Curas de diurese. Doenças da nutrição. Doenças da pele. Reumatismos musculares e articulares, sequelas de fracturas, hemiplegias, nevrites, asma e demais doenças alérgicas, hipertensão essencial, doenças do aparelho digestivo, doenças do aparelho respiratório, doenças de senhora, etc.
Nas palavras do director clínico, “isto é uma água sulfúrea sódica bicarbonatada, como tal são indicadas para os reumáticos, vias respiratórias e também algumas dermatoses.”
Época termal:
Julho a Setembro

20/01/2009

Gravura na pedra.

Não sei se já repararam nesta escultura que está na escadaria da residência paroquial.
Tem a forma de um animal, talvez um leão, um pouco à maneira daqueles que vemos nos estandartes de reinos ou senhores feudais, muito estilizado, de corpo musculoso e cauda ramificada.
Desconheço se tem algum significado histórico, se é marca do construtor, se é só resultado do aproveitamento da pedra para a construção da escadaria ou se haverá outra qualquer interpretação para este símbolo, o certo é que já terá despertado a atenção a muita gente sem que alguém tenha ainda encontrado a resposta para o curioso animal esculpido, ou haverá?

19/01/2009

Corografia Portuguesa.

Em 1706, o Padre António Carvalho da Costa editou um trabalho a que deu o título de "Corografia Portuguesa e descrição topográfica do famoso reino de Portugal com as noticias das fundações de cidades, vilas e lugares que contém Varões ilustres, genealogia das famílias nobres, fundações de conventos, catalogos dos Bispos, antiguidades, maravilhas da natureza, edifícios e outras observações curiosas".
Deste trabalho dou a conhecer, primeiramente, o que diz respeito ao Couto de Manhente.
Aqui verificamos que parte de Galegos Santa Maria, bem como Areias de S. Vicente e Tamel de S. Veríssimo, fazem parte desse couto, estando por isso debaixo da sua jurisdição no cível e órfãos, sendo que no crime respondem a Prado.
Estranhamente o Padre António Carvalho da Costa deixa de fora a freguesia de Galegos São Martinho, uma vez que esta freguesia pertencia quase metade ao couto de Manhente. Aliás, aquando do inquérito levado a efeito por ordem de Dua Majestade o Rei D. José I e do Marquês de Pombal, para se inteirarem dos eventuais prejuízos resultantes do terramoto de 1755, o reitor de Galegos São Martinho escreve a determinada altura da sua resposta: "Está esta freguezia sujeita às justiças de duas jurisdiçoins como bem a saber, os lugares da Igreja, do Campo, da Bouça do Villar, à justiça da Vila de Prado, no civel, crime e horfaons. E os lugares da Tilheira, Villarinho e Rial, ao juis ordinario do Couto de Manhente no que respeita o civel e horfans somente e no crime ao juis de Prado".
De toda a maneira uma coisa é certa, Galegos Santa Maria tinha uma área pouco extensa que pertencia à jurisdição do couto de Manhente, há documentos que o comprovam, sendo que a maioria do território estaria sob a alçada do Couto de Azevedo, até porque era padroeiro "in solidum" desta abadia Pedro Lopes de Azevedo Pinheiro Pereira e Sá, Senhor da Ilustre Casa e do Couto de Azevedo.

18/01/2009

Empate!

Deu num empate a duas bolas o encontro entre o Santa Maria F.C. com o Alegrienses, a contar para a 15ª jornada do Campeonato Distrital de Futebol de Braga, Divisão de Honra.
De assinalar que o Alegrienses partiam para esta jornada em último lugar, posição que têm ocupado deste o início do campeonato, tendo por isso "surpreendido" o SMFC no seu reduto ao conseguirem este empate.
O Santa Maria mantém o quarto lugar, com 24 pontos, e menos um jogo, sendo a tabela liderada pelo Famalicão com 34 pontos.

17/01/2009

Cruz situada na frontaria da casa do Sr. Manuel Anjo do Lugar de Aldeia.
Nela se pode ver uma data bastante intrigante e misteriosa: 18 - 10 - 8 / 1874.
Facilmente se sabe que é do ano de 1874, mas que quererá dizer o resto? Será 18 de Outubro de 1874? 10 de Agosto de 1874?

16/01/2009

Algumas inscrições.

Algumas inscrições que se podem encontrar as Galegos Santa Maria. Por acaso sabem onde se localizam?
Caso da Sra. Rosa Araújo (Penelas)
Casa da Sra. Rosa Araújo (Penelas)
Casa da Sra. Madalena Carpinteiro (Trás da Fonte)
Casa do Sr. José Maria Faio (Trás da Fonte)
Casa da Sra. Natividade Carpinteiro (Aldeia/Reborido)

Alminhas de Casal do Monte.

15/01/2009

É dia de Santo Amaro.

Comemora-se hoje o dia de Santo Amaro.
Como já referi em mensagem anterior, a devoção a Santo Amaro foi provavelmente introduzida pelo frades beneditinos do Convento de S. Martinho de Manhente, que, seguindo a tradição da Ordem Beneditina, onde se fundasse um mosteiro cujo patrono tinha de ser S. Bento, punha-se a uns 5 km capela de Santo Amaro para peregrinação.
O Dr. Francisco Almeida crê que a razão para esta tradição beneditina é baseada em razões afectivas que ligaram as duas personalidades santificadas, S. Bento, o mestre, e Santo Amaro, o predilecto do mestre. Para além disso, havia a necessidade de arrecadar fundos para as diversas despesas e custos a que os monges estavam sujeitos no trabalho de missão, para isso teriam de arranjar uma forma de receberem esmolas, a forma foi construir a capela, promover a devoção e esperar pelos devotos, com eles viriam as esmolas.
É pois nesta aliança bipartida que a fé e devoção a Santo Amaro nasce, cresce e se prolonga pelos séculos, fortalecida pelos muitos romeiros, que ano após ano, aqui vêem à procura da cura para os seus males.
A romaria decorre durante três domingos seguidos, começando já no próximo domingo, 18/01/2009, sendo o Santo visitado por inúmeros romeiros oriundos das freguesias vizinhas e da própria freguesia.

14/01/2009

CLAMOR.

Realiza-se hoje a tradicional manifestação religiosa designada por Clamor a Santo Amaro.
É uma tradição que perdura no tempo, em que os devotos de Santo Amaro se dirigem no dia 15 de Janeiro em procissão da Igreja Paroquial até à sua capela, clamando em voz alta "ora pro nobis" a cada invocação que o sacerdote faz.
Há alguns anos, poucos, a esta parte, dado que poucos fiéis se dispunham a levantar cedo para participarem no clamor, o Abade decidiu antecipar este acto religioso para a véspera do dia 15, a fim de que mais gente, em particular a mais nova, pudessem participar.
Esta tradição é ainda marcada por outro costume, comer figos secos, doces e beber vinho do Porto logo após terminarem as cerimónias religiosas, o que deixava marcas em alguns, quase sempre os mesmos, que apanhavam a "mica" logo de manhã cedo.

13/01/2009

Grupo de Jovens de G.S.M..

Aconteceram eleições no Grupo de Jovens de Galegos Santa Maria, associação legalmente constituída há relativamente pouco tempo, mas já com uma larga e profícua actividade desenvolvida na paróquia e no meio dos jovens há muitos anos a esta parte, embora nem sempre lhes seja reconhecido mérito, valor ou credibilidade ao trabalho que efectuam.
Foi no passado dia 09/01/2009, e da eleição resultou a recondução, por uma larga vantagem, de Mara Pereira à frente da Direcção do GJGSM.
Mais do que o reconhecimento pelo trabalho realizado ao longo do ano de 2008, a recondução de Mara Pereira, e da sua equipa, é a prova provada do empenho, da vontade, do querer e da perseverança que esta demonstrou como líder deste Grupo de Jovens, unindo-os, fazendo-os perceber que a amizade, a entreajuda e a camaradagem são condimentos essenciais para que cresçam como jovens, individualmente, e como grupo, todos devem remar para o mesmo lado, e ao mesmo tempo.
A Direcção é composta ainda por Vítor Silva, Vice-Presidente; Hugo Sá, Tesoureiro; Marta Pontes, Secretária, e Tiago Coelho, Secretário. Foram eleitos também para a Assembleia-Geral, André Santos, Presidente; Daniela Cardoso, Vice-Presidente, e Edgar Quintas, Secretário.
Parabéns e continuem o vosso trabalho, aproveitem para se divertirem e sejam irreverentes, mas não deixem de se dar a conhecer, mostrem as vossas intenções, as vossas ideias, provem o vosso valor, não se deixem dominar pelo poder instituído, façam a diferença e, sobretudo, sejam jovens felizes, alegres e participativos.
Para quem estiver interessado em saber mais ou contactar o Grupo de Jovens de Galegos Santa Maria, basta clicar aqui.

12/01/2009

ADIADO.

O encontro agendado para domingo, 11/01/2009, a contar para a 14ª jornada da Divisão de Honra da A.F. de Braga, Pica-Santa Maria foi cancelado.
Também as partidas Arões-Torcatense e Santa Eulália-Ronfe foram canceladas pelo mesmo motivo: os campos estavam cobertos de neve e gelo, pondo em perigo a integridade física dos atletas.
O forte nevão que na passada sexta-feira se abateu na região do Minho, aliados às baixas temperaturas verificadas e a consequente formação de geada, acabaram por ditar estes cancelamentos, pelo que as partidas foram adiadas para uma data posterior a divulgar pela A. F. de Braga.
De referir ainda que na 1ª Divisão da A.F. de Braga também foram adiados quatro jogos pelos mesmos motivos.

11/01/2009

Forno.

Não sei se todos conhecem este pequeno "monumento" da história de Galegos Santa Maria e da sua actividade tradicional, a olaria.
É um forno de cozer louça grossa de barro, do qual só se vê a boca por onde era metida a lenha que alimentava a cozedura, sendo que o resto deste forno, a parte onde a louça era acamada, está para lá do muro.
Situado logo no início do caminho que vai de Souto de Oleiros para Casal do Monte, está edificado e integrado na habitação pertença da família "Ralha".
Sei que há alguns anos atrás, a Junta de Freguesia se interessou por este exemplar único da actividade oleira, infelizmente não chegou a acordo com os proprietários, mas que deveria ser preservado para memória futuro, isso deveria, até porque Galegos deixou de fabricar dessa louça, talvez por volta do final dos anos 50, passando para a fabricação de figurado e louça decorativa.

10/01/2009

Reisadas.

Estava marcado para hoje à noite, no Centro Paroquial, o cantar dos Reis pelos diversos grupos da paróquia. Por motivos alheios à organização, Grupo de Jovens de Galegos Santa Maria, o encontro foi cancelado e agendado para o dia 24 de Janeiro de 2009. Com o frio que tem estado, muito possivelmente o encontro teria sido um desastre completo, a não ser que houvesse aquecimento no salão paroquial. Esperemos que no dia 24 de Janeiro o tempo esteja mais ameno para que a população possa aderir a esta iniciativa, de qualquer maneira as gentes de Galegos já não aderem muito a estes acontecimentos, ficaram muito caseiros ou então dispersam para outras distracções.

09/01/2009

Neve em Galegos!

Não foi muita, mas nevou em Galegos como já não acontecia há muitos anos, talvez uns 20 anos!

07/01/2009

Arrabalde.

Dado que na mensagem sobre o pedido efectuado em 1925, por Joaquim António Alves Pinto, ao Arcebispo de Braga para incorporar definitivamente a freguesia de S. Miguel de Roriz, não se consegue ampliar a imagem para ler a legenda, publico-a novamente para que todos possam verificar a VERDADE dos factos.
Mas isto ainda não é o fim, há mais para mostrar a seu tempo.

06/01/2009

Álbum de Recordações.

A foto acima foi enviada por um ex-atleta do Santa Maria F.C., José Esteves de Faria, 75 anos, radicado no Brasil.
Pelo que me disse, esta foto é a despedida dele, enquanto jogador do SMFC, em 1953, uma vez que teve de partir para o Porto e posteriormente para o Brasil.
Embora não tenha colocado legenda na foto, é possível identificar, quase logo, alguns dos membros da equipa, em pé, o guarda-redes é o João Rega, depois o José Crisóstomo Gonçalves, Zeca da Coelha, o Neca Falcão, o João Guedes(?), Domingos da Coelha. Em baixo, Mário Torres, Agostinho da Coelha, José Esteves, Francisco Félix(?) e o último, sinceramente, não sei. Não conheço os dirigentes, embora desconfie que o da esquerda seja um Arc de Abreu, mas de certeza que haverá alguém por aí que identifique o grupo, aguardo por ajuda.

05/01/2009

Obituário.

Faleceu, com 92 anos de idade, a Dª Laurinda dos Anjos Morgado de Abreu.
Mãe dos Srs. Francisco e Fernando Portela, para além de mais duas filhas, o seu funeral realiza-se amanhã, terça-feira, 06/01/2009 pelas 09:00 horas, estando o seu corpo depositado na capela mortuária da paróquia de Galegos Santa Maria.
A todos os familiares apresento os pêsames e condolências.

Resultado.

Desta vez foi o Forjães que levou uma goleada do Santa Maria F.C..
A contar para o campeonato da Divisão de Honra da AFBraga, jornada 13ª, o SMFC levou de vencida a equipa do concelho de Esposende por um concludente 4-0.
Com esta vitória, o Clube da terra passa a contar com 23 pontos, menos 5 do que o líder, o Famalicão, menos 3 do que o Taipas e menos 1 do que o Martim, ocupando o quarto lugar da tabela classificativa em igualdade de pontos com o Torcatense e o Arões.
Na próxima jornada o SMFC desloca-se até S. Gens, Fafe, para aí defrontar o Pica.

02/01/2009

Nova descoberta.

Estou contente.
No passado dia 31/12/2008, encontrei mais esta marcação que por lá existem a assinalar e delimitar as fronteiras das freguesias.
Este marco, ou melhor dizendo, esta marcação foi-me indicada por uma pessoa que tem olhado para um marco em particular e os penedos que o circundam, de uma outra perspectiva e interesse, já que aí conseguiu encontrar o possível local de culto ao deus Sol e a forma de verificar os solstícios de verão e inverno, estou a falar do marco situado junto à confluência do estradão de S. Martinho com o de Galegos, acima da bouça de Chães ou Chãos.
Partindo deste marco e acompanhando o muro de pedra em direcção a poente, talvez uns 100 metros à frente, encontramos a marcação, uma cruz, num penedo do outro lado do muro, conforme podem verificar na foto abaixo.
Não está muito nítida, o tempo não tem ajudado muito, mas pelo menos podem comprovar a forma da marcação, sem dúvida a referenciar o limite entre duas freguesias, no meu modesto entender, Oliveira e Galegos Santa Maria, já que para sul fica o marco da bouça de Chães ou Chãos (Galegos S. Martinho) e para norte, bem para lá do novo estradão de Galegos Santa Maria, ficará Roriz.
Mas isto ainda não é a certeza, vou tentar averiguar melhor, para já fica a notícia...